Você é do tipo de pessoa que sempre foge de consultas médicas com medo de ter que realizar algum procedimento cirúrgico?
Até imagino o motivo. Ter que passar por aquela temida anestesia seja uma endoscopia ou uma simples restauração do seu dente em algum momento todos nós vamos precisar. Mas não há razões para sofrer antecipado assim, afinal a anestesia é a nossa maior aliada.
No século 4 antes de Cristo, hipócrates, o pai da medicina, utilizava uma esponja cheia de ópio, vinho e plantas medicinais sobre o nariz de seus doentes para deixá-los inconsciente temporariamente.
No século 16 eram utilizados gelo ou neve para tirar a sensibilidade das partes do corpo do paciente antes da cirurgia.
Já o médio austríaco Friedrich, no século 18, utilizava uma forma de hipnose como método anestésico.
Hoje a anestesia já não é mais um bicho de sete cabeças ela evita a dor e o sofrimento durante uma cirurgia médica e também garante o bem-estar, relaxamento e conforto do paciente.
Quer descobrir como a anestesia age no nosso corpo?
Antigamente os pacientes precisavam ser amarrados para que fosse possível realizar alguma cirurgia, imagina só quando os médicos precisavam amputar a perna de alguém por exemplo. Seria sorte se o paciente desmaiasse.
Essa situação só mudou após uma ilustre descoberta de dois dentistas norte americanos chamados Horace Wells e William Thomas Morton. Horace ficou conhecido por utilizar o óxido nitroso, aquele gás do riso, como anestésico.
O segundo cientista entrou para a história da medicina após realizar a primeira demonstração pública do éter em uma cirurgia.
Mesmo após a evolução dos medicamentos e a eficácia do procedimento, muitas pessoas ainda ficaram incomodadas com a anestesia.
Existe uma resolução do conselho federal de medicina que garante que o paciente tenha o direito a uma consulta com um anestesista antes da cirurgia.
Quando você vai ao dentista sabe por que você sente aquela sensação estranha na boca quando o dentista aplica anestesia? É porque ela tira a sensibilidade daquela região desligando a informação de dor ao cérebro.
Existem outros tipos de anestesia além da local. Tem a raquidiana e a peridural que são as mais comuns em gestantes, quando vão realizar uma cesariana, e a anestesia geral tão temida por muitos.
A anestesia geral reduz a atividade do corpo exigindo que o paciente seja entubado para receber a quantidade suficiente de oxigênio.
Existem muitas crenças em torno da anestesia geral. Alguns falam que você não vai conseguir sair da anestesia e nem recuperar a sua consciência em outros casos você pode se lembrar de tudo o que aconteceu na sala de cirurgia e se traumatizar pelo que vai ver.
De acordo com vincent collins autor do livro a história da anestesiologia, ela possui quatro fases, a indução, estabilização, manutenção e recuperação.
A primeira etapa faz o paciente dormir rapidamente por meio de medicamentos hipnóticos relaxando toda a musculatura corporal. O problema é que ela não elimina a dor, então nessa primeira fase o corpo ainda possui bastante sensibilidade.
A segunda etapa de estabilização é pra cortar a dor que o paciente irá sentir no corpo. Para isso são utilizados medicamentos à base de ópio diretamente na veia do paciente. O lado bom dessas drogas é que além de agirem rápido também podem ser perfeitamente controladas ou seja durar o tempo exato da cirurgia.
A etapa de manutenção serve para reforçar os efeitos das drogas injetadas nas duas primeiras fases. Assim os médicos não precisam repetir toda hora as doses dessas substâncias mais tóxicas para isso são utilizados gases e líquidos voláteis por meio da respiração do paciente. Além disso também ajudam a relaxar a musculatura.
Por último a etapa da recuperação que é importante para compensar possíveis desvantagens das drogas utilizadas e no final da operação, reverter totalmente o efeito da anestesia ou seja no final você acorda meio grogue mas com seu organismo completamente estabilizado.
Se o seu medo é de entrar em um estado de coma durante a cirurgia, alguns pesquisadores conseguiram explicar melhor como isso acontece. Pode ficar tranquilo, esse procedimento é muito seguro e os anestesistas são bastante treinados para monitorar perfeitamente as funções do seu organismo enquanto você estiver inconsciente.
